É extremamente comum ver em programas de treinamento objetivos como perda de peso, aumento de força muscular/hipertrofia e melhora da capacidade cardiorrespiratória, no entanto poucos praticantes têm como principal foco a melhora da mobilidade ou flexibilidade.
Dentro da comunidade de treinamento, temos nos deparado com a utilização indiscriminada dos termos mobilidade e flexibilidade, que de forma errônea estão sendo aplicados para indicar a mesma coisa, levando a algumas confusões. Para esclarecer algumas dessas dúvidas, vamos explicar através desse texto cada um desses termos, já que existem exercícios específicos para o ganho deles.
Vamos começar falando sobre mobilidade, que pode ser definida como a liberdade em que podemos nos mover dentro da amplitude de movimento que uma articulação consegue atingir.
Exemplo de exercício: Agachamento livre. Quais critérios podem indicar que a pessoa tem uma boa mobilidade? Por exemplo manter os calcanhares em contato com o solo e flexão de quadril além de 110º.
Geralmente, a perda de mobilidade está ligada a alguma patologia onde podem ocorrer alterações na estrutura muscular ou articular que consequentemente impossibilita execução completa de um movimento dentro de sua amplitude.
Usando o exemplo acima de agachamento é possível que o calcanhar não se mantenha no solo por encurtamento muscular de cadeira posterior (mm. Isquiotibiais e gastrocnêmico) ou por limitação de amplitude da articulação do tornozelo por lesão prévia (fratura ou entorse grave). A consequência é a mesma: impossibilidade de manter o calcanhar no chão. As causas são distintas assim como os exercícios corretivos.
Um aspecto importante da mobilidade é que ela acontece ativamente. Além de uma boa qualidade dos tecidos moles é preciso também coordenação neuromuscular, estabilização e propriocepção para poder manter o movimento pelo arco da articulação.
A flexibilidade por sua vez é normalmente definida como a capacidade dos tecidos serem esticados sem causar distensão excessiva dos tecidos. Existem outras definições na literatura, uma delas oferece uma subclassificação, flexibilidade passiva e flexibilidade ativa. A flexibilidade passiva refere-se a maior amplitude de movimento que se pode assumir em uma articulação através de forças externas como o peso do corpo, um parceiro ou uso de aparelhos. Flexibilidade ativa é a maior amplitude de movimento alcançada usando apenas a contração muscular. Nesse sentido a mobilidade seria mais semelhante à flexibilidade ativa.
A flexibilidade pode ser influenciada por fatores externos (temperaturas) e fatores internos (sexo, idade)
O alongamento é uma das práticas que podem ser feitas para ampliar a flexibilidade.
Em suma o termo mobilidade e flexibilidade não são sinônimos. Uma boa flexibilidade e mobilidade são fundamentais para um praticante de qualquer atividade física, pois evita lesões e contribuir para um melhor desempenho físico. Profissionais capacitados são um diferencial para obter melhor resultado em um treinamento. Por isso, além de sanar todas as dúvidas do aluno, a MoveAbilities oferece os melhores profissionais do ramo, que elaboram o melhor treino de acordo com a necessidade do aluno, seja ganho de flexibilidade ou mobilidade.